sexta-feira, 24 de abril de 2009

Métodos e Técnica de Pesquisa - Importância

A disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa, ou Metodologia Científica, tem por objetivo capacitar o aluno a “aprender a aprender”, isto é, desenvolver a autonomia em seus estudos, e está também em função dos trabalhos acadêmicos, da pesquisa, monografia ou trabalho final de graduação, oferecendo-lhe o suporte técnico-metodológico. Portanto, ela não possui um fim e um valor em si mesma, mas um caráter instrumental; apresentando as normas e as exigências formais da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT- Norma 6023,14724, 10520, atualizadas) para a elaboração de trabalho científico. Um trabalho científico é um texto escrito para apresentar os resultados de uma pesquisa desenvolvida. A etapa da produção do texto, portanto, deve ser precedida obrigatoriamente de etapas, cujas nomenclaturas podem variar de autor para autor, de Instituição para Instituição.
Tais exigências não devem ser vistas pelo aluno como mera formalidade, pois os trabalhos de graduação e, consequentemente, o trabalho final de graduação e/ou pós-graduação são uma demonstração pública-formal das habilidades e competências para o exercício de uma profissão qualificada e reconhecida socialmente.
O Projeto de Pesquisa, a Monografia ou Síntese, com alguma diferença e especificidade, é desenvolvido em cinco etapas (capítulos), simultâneas e complementares:
a- A delimitação espacial do Projeto, caracteriza-se pela apresentação do histórico e da estrutura organizacional, na qual o Projeto será desenvolvido, levando em consideração a natureza específica de cada projeto;
b- A definição do próprio objeto da pesquisa/estágio, apresentando a área e o tema-problema deste, seus objetivos geral e específicos e sua justificativa;
c- O referencial teórico constitui a fundamentação conceitual do tema em estudo e pesquisa, obtida mediante a leitura de bibliografia científica e apresentada conforme as normas exigidas pela ABNT;
d- A metodologia do trabalho indica os procedimentos adotados no levantamento dos dados, coerente com a forma de pesquisa adotada;
e- O cronograma de atividades apresenta o programa de trabalho a ser desenvolvido, do qual resultará a monografia/relatório.
O ponto de partida do Projeto de Pesquisa depende da definição de quatro elementos básicos, intrinsecamente articulados e auto-implicativos:
a- O aluno: sujeito determinante do projeto, todo processo tem no aluno seu elemento decisivo, sem sua responsabilidade consciente tudo fica comprometido. Quando se trata de uma equipe, a exigência não é menor, pois ocorre a necessidade de articular e integrar opiniões e opções diferentes e, às vezes, divergentes; bem como a divisão eqüitativa e co-responsável das tarefas, sob pena de sobrecarregar alguns membros e alienar outros do processo de produção do trabalho;
b- O tema: o assunto que constituirá o objeto do estágio-pesquisa; este deve estar no âmbito dos interesses, afinidades e possibilidades do aluno; é necessário ter clareza destes elementos decisivos para a escolha do tema, assim como da possibilidade de transformá-lo num problema, cuja relevância de interesse e possibilidade de solução possam credenciá-lo como objeto de pesquisa científica;
c- O local: refere-se ao “campo de pesquisa”, onde o trabalho será desenvolvido; é evidente que a escolha deste “campo” não é aleatória, ela deve propiciar a execução, ainda que de maneira experencial, da proposta de intervenção profissional;
d- O orientador: a escolha do professor orientador deve pautar-se por critérios prioritariamente profissionais e não por afinidades pessoais; ele, além de ser o representante institucional assegurando o cumprimento das exigências acadêmicas, é um profissional com qualificada competência na área de pesquisa, que será posta a serviço do aluno, sem substituir suas iniciativas e responsabilidades.
Percebe-se com evidência que o desenvolvimento do Projeto de Pesquisa depende do equilíbrio harmonioso de todos esses elementos; qualquer negligência ou sobrevalorização de algum deles comprometerá a estrutura do trabalho, inviabilizando sua execução.